Em uma pequena cidade do Rio Grande do norte, denominada Angicos, Paulo Freire implementou um projeto de alfabetização de 380 trabalhadores que ficou conhecido como "Quarenta horas de Angicos". Em 24 de janeiro de de 1963, houve a primeira aula, e em 2 de abril, completaram-se as 40 horas, com a presença do então presidente, João Goulart. Essa experiencia de Paulo Freire, ao contrário do que muitos pensam, não consista em simples elaboração de um projeto de educação socialista/comunista, mas inseria-se no contexto de desenvolvimento nacional. Este novo modelo, iniciado desde Vargas com suas políticas de proteção social (CLT, etc.), previa uma maior inserção do trabalhador na mercado consumidor e de trabalho, portanto exigia-se a ampliação dos seus direitos civis, políticos e sociais.
