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Karl Popper (jul 28, 1902 – sep 17, 1994)

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Karl Raimund Popper (Viena, 28 de Julho de 1902 — Londres, 17 de Setembro de 1994) foi um filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico. É considerado por muitos como o filósofo mais influente do século XX a tematizar a ciência [1]. Foi também um filósofo social e político de importância considerável, um grande defensor da democracia liberal e um oponente implacável do totalitarismo.[2][3] Ele é mais conhecido pela sua defesa do falsificacionismo como um critério da demarcação entre a ciência e a não-ciência, e pela sua defesa da sociedade aberta.

RACIONALISMO CRÍTICO
Popper cunhou o termo "Racionalismo Crítico" para descrever a sua filosofia. Esta designação é significante e é um indício da sua rejeição do empirismo clássico e do observacionalismo-indutivista da ciência, que disso resulta. Apesar disso, alguns académicos, incluindo Ernest Gellner, defendem que Popper, não obstante não se ter visto como um positivista, se encontra claramente mais próximo desta via do que da tradição metafísica ou dedutiva.

Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjectural e provisória. Não é possível confirmar a veracidade de uma teoria pela simples constatação de que os resultados de uma previsão efetuada com base naquela teoria se verificaram. Essa teoria deverá gozar apenas do estatuto de uma teoria não (ou ainda não) contrariada pelos factos.

O que a experiência e as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é encontrar provas da falsidade daquela teoria. Este processo de confronto da teoria com as observações poderá provar a falsidade da teoria em análise. Nesse caso há que eliminar essa teoria que se provou falsa e procurar uma outra teoria para explicar o fenómeno em análise. (Ver Falseabilidade). Em outras palavras, uma teoria científica pode ser refutada por uma única observação negativa, mas nenhuma quantidade de observações positivas poderá garantir que a veracidade de uma teoria científica seja eterna e imutável.

Alguns [carece de fontes]consideram este aspecto fulcral para a definição da ciência, chegando a afirmar que "científico" é apenas aquilo que se sujeita a este confronto com os factos. Ou seja: afirmam que só é científica aquela teoria que possa ser falseável (refutável). Existem críticas contundentes quanto a esse aspecto [carece de fontes]. Essas remanescem no bojo da própria Filosofia que Popper propõe. E por quê? Ao afirmar que toda e qualquer teoria deve ser falseável, isso se aplica à própria teoria da falseabilidade popperiana. Portanto, a falseabilidade deve ser falseável em si mesma. Diante dessa evidente necessidade - sob a pena de sua teoria ser não-universal e portanto derrogada pela sua imprecisão - poderá existir proposições em que a falseabilidade não é aplicável (vide teorema da incompletude de Kurt Gödel). Por outro lado, essa crítica poderia ser vista sob outro prisma: a falseabilidade é um critério metodológico e prescritivo da ciência, e, portanto, metateórico, isto é, se trata de uma teoria sobre teorias. Em outras palavras, o critério da falseabilidade se aplica aos enunciados capazes de serem falsificados pela experiência, ou seja, os enunciados das ciências empíricas, como a física experimental e a biologia e não à epistemologia ou à filosofia da ciência.

Nos dias de hoje, verifica-se que o falsificacionismo popperiano não é princípio de exclusão, mas tão somente de atribuição de graus de confiança ao objecto passível do crivo científico. Outros argumentam que estas críticas não fazem sentido devido a teoria de Popper não ser científica, por não se ocupar de fatos contingentes [carece de fontes].

Para Popper a verdade é inalcançável, todavia devemos nos aproximar dela por tentativas. O estado actual da ciência é sempre provisório. Ao encontrarmos uma teoria ainda não refutada pelos factos e pelas observações, devemos nos perguntar, será que é mesmo assim ? Ou será que posso demonstrar que ela é falsa ? Einstein é o melhor exemplo de um cientista que rompeu com as teorias da física estabelecidas.

Popper debruçou-se intensamente sobre a teoria marxista e a filosofia hegeliana que lhe é subjacente, alegadamente retirando-lhes qualquer estatuto científico. Fez o mesmo em relação à psicanálise e à astrologia, argumentando que suas teorias subjacentes não são falseáveis (refutáveis). Além do mais, pelo fato de os proponentes dessas três disciplinas terem visado de modo insistente e seletivo à verificação de suas teorias, Popper as classificou como pseudociências.

O seu trabalho científico foi influenciado sobretudo pelo seu estudo da teoria da relatividade de Albert Einstein.

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12 Feb 2019
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Date:

jul 28, 1902
sep 17, 1994
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