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August 1, 2025
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Império Alemão (Second Reich) (jan 18, 1871 – nov 8, 1918)

Description:

O Império Alemão (em alemão: Deutsches Reich,[1][2] também chamado por Kaiserlich Deutsches Reich ou Kaiserreich por alguns historiadores alemães ) foi um Estado, na região da atual Alemanha, governado pela Casa de Hohenzollern. Existiu desde a sua consolidação como Estado-nação em janeiro de 1871 (Unificação Alemã) até à abdicação do Cáiser[3] Guilherme II em novembro de 1918, após a derrota na Primeira Guerra Mundial; Este extinto estado é tido como a cópia perfeita da Roma Antiga, mais precisamente pela existência de seus reis vassalos[4][5]

O Império Alemão era constituído de 27 territórios constituintes (a maioria deles governados por famílias reais). Embora o Reino da Prússia contivesse a maioria da população e maior parte do território do Reich, a liderança da Prússia tornou-se suplantada pelos líderes da Alemanha e a própria Prússia desempenhou um papel menor. Como Dwyer (2005) assinala que a "influência política e cultural havia diminuído consideravelmente" na Prússia, de 1890.[6] Seus três maiores vizinhos eram os rivais Império Russo, a leste, a França, a oeste e os aliados Áustria-Hungria, ao sul.

Depois de 1850, a Alemanha se industrializou rapidamente, com base no carvão, ferro (e mais tarde aço), produtos químicos e ferrovias. De uma população de 41 milhões de pessoas em 1871, cresceu para 68 milhões em 1913. De uma nação fortemente rural, em 1815, já era predominantemente urbana.[7] Durante seus 47 anos de existência, o Império Alemão operou uma gigante indústria tecnológica e científica, recebendo mais prêmios Nobel em ciência do que a Grã-Bretanha, França, Rússia e Estados Unidos juntos.[8]

É de notar que o termo Deutsches Reich foi o nome oficial da Alemanha não apenas no período dos cáiseres mas também durante a República de Weimar e o regime nazista.

BISMARCK E A FUNDAÇÃO DO IMPÉRIO
Otto von Bismarck, chanceler do Reino da Prússia, concebeu uma estratégia para unificar a Alemanha sob o controle prussiano que envolveu três vitórias militares:

Aliar-se ao Império Austríaco para derrotar a Dinamarca na Guerra dos Ducados do Elba, em 1864, de modo a adquirir o Eslésvico-Holsácia;
Aliar-se ao Reino de Itália e provocar a Guerra Austro-prussiana de 1866 contra o Império Austríaco, de maneira a alijar esta última dos assuntos internos da Alemanha e a permitir a fundação – sem a interferência e participação austríacas – da Confederação da Alemanha do Norte, precursora direta do Império Alemão de 1871; e
Provocar a Guerra Franco-prussiana de 1870 a 1871 contra a França, após a qual a confederação foi transformada no império alemão e o rei Guilherme da Prússia foi proclamado cáiser da Alemanha unificada, com o título de Guilherme I.
O próprio Bismarck preparou o esboço da constituição da Confederação Alemã do Norte, de 1866, que se tornaria a constituição do Império Alemão, com alguns ajustes. A Alemanha recebeu algumas características democráticas, em especial o Reichstag, que, diferentemente do parlamento do Reino da Prússia, era eleito por sufrágio direto e equitativo (masculino). Não obstante, o processo legislativo exigia a concorrência do Bundesrat, o conselho federal de deputados dos estados federados, no qual a Prússia exercia grande influência. Por trás de uma fachada constitucional, a Prússia era a influência predominante em ambos os órgãos legislativos. Ademais, o poder executivo era atribuído ao cáiser, que nomeava o chanceler da Alemanha (como Otto von Bismarck). O chanceler reportava-se e dependia exclusivamente do cáiser e, oficialmente, constituía um "gabinete de um homem só", responsável pela direção dos assuntos de Estado; na prática, os secretários de Estado atuavam de modo informal como ministros. O chanceler detinha a prerrogativa de propor as leis, que o Reichstag aprovava, emendava ou rejeitava. Com exceção dos períodos de 1872 - 1873 e 1892 - 1894, o chanceler era concomitantemente o primeiro-ministro da Prússia.

Embora os antigos estados territoriais alemães, tais como os reinos da Baviera e da Saxônia, mantivessem governo próprio, as forças militares passaram a ser coordenadas segundo os princípios prussianos e, em tempo de guerra, eram controladas pelo governo central. Embora autoritário em muitos aspectos, o império permitiu o desenvolvimento de partidos políticos.

A evolução autoritária do Império Alemão encontra semelhanças com processos políticos na Itália e no Japão. Da mesma maneira que Bismarck, o Conde de Cavour lançou mão da diplomacia e da guerra para atingir a unificação da Itália sob a Casa de Saboia (aliança com a França contra a Áustria) em 1861. Também o Japão seguiu um curso de modernização conservadora após a queda do Xogunato Tokugawa e a restauração Meiji até 1918; o Japão, bem impressionado com a Alemanha de Bismarck, promulgou uma constituição em 1889 que atribuía ao primeiro-ministro poderes semelhantes ao do chanceler alemão, com um gabinete responsável apenas perante o imperador.

A unificação da Alemanha tornou nítido o problema de incorporar ao novo Estado-nação a população de origem polonesa da Prússia Oriental (75% de alemães, 19% de poloneses), da Prússia Ocidental (66% de alemães, 33% de poloneses) e da província de Posnânia (62% poloneses, 38% de alemães), que haviam pertencido à União Polaco-Lituana, bem como a Silésia (75% de alemães e 25% de poloneses). O maior crescimento demográfico do contingente de origem polonesa daquelas províncias, associado ao Ostflucht (migração de alemães do leste para o oeste industrializado da Alemanha), fez com que o leste do império adquirisse um caráter cada vez mais polonês. Bismarck e outros empreenderiam uma política de "germanização" das minorias polonesas no leste.

A elite proprietária de terras – os Junkers – mantiveram, durante o Império Alemão, parcela substancial do poder político.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Alem%C3%A3o

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12 Feb 2019
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Date:

jan 18, 1871
nov 8, 1918
~ 47 years

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