2º Revolução Industrial (jan 1, 1850 – jan 1, 1870)
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A Segunda Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XIX (por volta de 1850 a 1870) e estendeu-se até à Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945). Durante este período, registaram-se avanços significativos nas indústrias química, elétrica, do petróleo e do aço. Destacam-se desenvolvimentos como a introdução de navios de aço movidos a vapor, o surgimento da aviação, as primeiras técnicas de automação e produção em massa de bens de consumo, o enlatamento de alimentos, a refrigeração mecânica e a invenção do telefone eletromagnético.
Esta fase também testemunhou o surgimento da Alemanha e dos Estados Unidos como potências industriais, juntando-se à França e ao Reino Unido. A Segunda Revolução Industrial é considerada uma fase evolutiva da Revolução Industrial, sem uma clara ruptura sociotecnológica entre as duas. Algumas divisões marcantes incluem o crescimento das ferrovias, navios a vapor e inovações cruciais como o processo de Bessemer e o processo de produção de aço de Siemens, resultando na redução de custos, transporte rápido e menor custo de produção.
Nos Estados Unidos, esta revolução é associada à eletrificação de Nikola Tesla, Thomas Alva Edison e George Westinghouse, assim como à implementação do gerenciamento científico por Frederick Winslow Taylor.
No passado, o termo "Segunda Revolução Industrial" também era utilizado para descrever as mudanças após a dispersão da nova tecnologia pós-Segunda Guerra Mundial. O entusiasmo e debates sobre os perigos e benefícios da Era Atômica foram intensos e duradouros, comparáveis à Era Espacial, ambos vistos como impulsionadores de uma nova Revolução Industrial.
No início do século XXI, surgiu o termo "Segunda Revolução do Trabalho" para referenciar os potenciais impactos de um hipotético sistema de nanotecnologia molecular na sociedade. Este cenário propõe a obsolescência de muitos processos de fabrico atuais, afetando todas as facetas da economia moderna. Este artigo aborda exclusivamente a primeira definição.
A disseminação do conhecimento durante este período foi facilitada por invenções como a prensa móvel movida a vapor, a linotipia e a monotipia, bem como o processo de produção através da madeira, libertando as corporações das limitações dos suportes de algodão e linho. No Reino Unido, a revogação de impostos sobre papel na década de 1870 incentivou o crescimento do jornalismo técnico e de periódicos, reduzindo os custos de produção.
A Segunda Revolução Industrial testemunhou a disseminação generalizada de invenções e suas aplicações, com o crescimento de máquinas operatrizes nos Estados Unidos capazes de produzir peças para outras máquinas, bem como o surgimento de linhas de produção para a fabricação de bens de consumo.
Enquanto a máquina a vapor foi desenvolvida na Grã-Bretanha no século XVIII e exportada lentamente para a Europa e o resto do mundo durante a Revolução Industrial, o desenvolvimento prático do motor de combustão interna ocorreu rapidamente em muitos países industrializados durante a Segunda Revolução Industrial. Gottlieb Daimler foi pioneiro no uso de petróleo como combustível para automóveis, seguido por Henry Ford, que popularizou os motores de combustão interna com sua linha de produção.
O petróleo emergiu como um novo combustível, transformando indústrias ao aumentar significativamente a eficiência energética. Essa mudança, aliada a numerosas invenções, provocou uma migração das áreas rurais para as urbanas, resultando em um aumento substancial da população urbana e uma diminuição da população rural. O excesso de mão de obra, incluindo mulheres e crianças, contribuiu para salários mais baixos e condições de trabalho precárias. A expansão de trabalhadores de colarinho branco e uma maior participação sindical também foram resultados notáveis deste período.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
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