Revolução mexicana (1910-1923) (nov 20, 1910 – jul 20, 1923)
Description:
Teve início em 1910, após nova eleição de Porfirio Díaz (1910). Terminou com a morte de Pancho Villa (1923).
Consequências da Revolução Mexicana
A principal consequência da Revolução Mexicana foi a promulgação da Constituição de 1917, onde está previsto:
· o direito de expropriação de terras pelo Estado, para fins de Reforma Agrária;
· o reconhecimento do direito indígena sobre as terras ancestrais;
· a criação do salário mínimo e da jornada de trabalho de oito horas diárias;
· a separação definitiva entre Estado e Igreja.
A elite agrária predominava completamente no México, sempre determinando quem seria o governante máximo. Em 1876 assumiu Porfírio Dias, que governou de forma ditatorial. Mesmo tendo havido um pequeno desenvolvimento industrial durante o período em que esteve à frente do país, a elite agrária permaneceu no poder, pois a base econômica continuou a ser a exportação de produtos agrícolas e de minérios.
Porfírio Diaz governou o México por mais de trinta anos. Mantinha-se uma aparência de democracia, pois eram realizadas eleições periodicamente, mas elas eram manipuladas para que ele sempre se reelegesse. Em 1910, nas eleições, Diaz novamente foi eleito, porém seu opositor, Francisco Madero conseguiu rebelar a população e assumiu, com a promessa de realizar a tão esperada reforma agrária.
Outra consequência indireta desse movimento foi o enfraquecimento do caudilhismo no México.
Apesar de todas as conquistas, muitos camponeses perderam suas terras após a Revolução. Sem condições de concorrer com a produção feita nos latifúndios, vários tiveram que vendê-las aos grandes proprietários.
A Revolução Mexicana (1910) foi uma insurreição armada ocorrida no México, de caráter liberal e popular, formada por dissidentes do governo, camponeses e indígenas.
Também reuniu lideranças socialistas, liberais e anarquistas na luta pela reforma agrária, nacionalização das multinacionais norte americanas e por reformas eleitorais.
Entre 1876 e 1911, o presidente Porfirio Díaz (1830 - 1915) manteve uma ditadura militar no México, graças ao clientelismo e uma série de fraudes eleitorais.
A última delas foi realizada em 1910, quando Díaz se reelegeu pela derradeira vez e causou uma dissidência entre as elites políticas nacionais.
Por outro lado, as mazelas populares foram agravadas pela crise econômica de 1907. Igualmente, a "Lei dos Baldios", de 1893-1902, favoreceu a concentração de terras, pois tornou possível tomar propriedades indígenas e repassá-las aos latifundiários e investidores estrangeiros.
Assim, em 1910, Francisco Ignácio Madero González (1873-1913), presidenciável derrotado nas eleições fraudadas, se subleva contra o governo.
Para ganhar o apoio popular, Madero promete realizar a Reforma Agrária. Com o apoio dos exércitos revolucionários de Emiliano Zapata e Pancho Villa, Madero é eleito presidente em outubro de 1911.
Contudo, como não cumpre a promessa de fazer a Reforma Agrária, Zapata rompe com ele. Posteriormente, Zapata volta ao sul e dá início ao “Plano de Ayala”, para dividir 1/3 das terras entre os camponeses.
Sem outra saída, a não ser continuar a Revolução, Emiliano Zapata e Pancho Villa iniciam uma nova ofensiva militar contra Madero.
Da mesma maneira, os conservadores, liderados pelo general Victoriano Huerta, estão em contra o presidente. Huerta aplica um golpe de estado em 1913, subindo ao poder após assassinar o então presidente Francisco I. Madero e seu vice.
No entanto, Huerta também sofreu com levantes armados contra seu governo. O governador do norte, Carranza, juntou-se a Emiliano Zapata, do sul, para derrotá-lo. Igualmente, contaram com o apoio dos fuzileiros navais dos Estados Unidos, que tomaram o porto de Vera Cruz.
Huerta é derrotado e deposto em junho de 1914, quando Pancho Villa e Zapata tomaram o Palácio do Governo e elegeram Carranza como novo Presidente. Em 1917 é promulgada a nova Constituição que está vigente até hoje no México.
Por fim, Zapata é assassinado numa emboscada em 1919, e Pancho Villa é morto em 1923. Com a morte dos líderes populares da Revolução, esta se enfraquece e o poder retorna às mãos da burguesia mexicana.
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