1ª Guerra Árabe-Israelense (Guerra de Independência de Israel (1948-49) (jan 15, 1948 – jan 9, 1949)
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Também conhecida como a Guerra de Independência de Israel, o conflito tem suas origens nas negociações para a resolver a questão do mandato da Palestina -- entre 15 de maio de 1948 – 9 de janeiro de 1949
Árabes não estavam satisfeitos com a forma de partição do Estado da Palestina segundo o decido pela ONU. Judeus eram minoria mas acabaram ficando com mais território que árabes. Isto foi o estopim para a guerra: a primeira de 4 conflitos
A migração de judeus para o território administrado pela Grã-Bretanha vinha se intensificando desde a Primeira Guerra Mundial e contava com a anuência da potência europeia e gerava fortes reações contrárias dos povos árabes vizinhos. A posição britânica, entretanto, altera-se durante a Segunda Guerra Mundial, quando passa a querer aproximar-se dos países árabes do entorno para garantir recursos para o esforço de guerra e afastar a influência da Alemanha nazista, o que leva a Grã-Bretanha a restringir a entrada de judeus no território palestino, gerando, em contrapartida, oposição da comunidade judaica.
O recrudescimento de tensões na região no pós-guerra levou a Grã-Bretanha a anunciar a decisão de entregar o mandato à ONU, pois não conseguia controlar as forças desestabilizadoras da região. Passa a ser defendida a Solução de 2 Estados, na qual o território palestino seria dividido entre árabes e israelenses para a formação de Estados independentes. A resolução 181, de 1947, é aprovada pela ONU com apoio de Estados Unidos e União Soviética, mas com clara oposição dos países árabes, que veem a população árabe desprivilegiada na divisão territorial. Em meio a essas tensões, a Grã-Bretanha deixa o território, criando um vazio de poder aproveitado por Israel para declarar sua independência no dia 14 de maio de 1948. No dia seguinte, uma Liga Árabe formada por Transjordânia, Egito, Síria, Líbia e Iraque, declaram guerra a Israel.
A falta de coesão dos Estados árabes, cujos países estavam em processo de construção de suas próprias identidades e mais preocupados com interesses nacionalistas que na defesa de um sentimento pan-árabe, auxilia na vitória de Israel e nos amplos ganhos territoriais conquistados (cerca de 20 mil quilômetros). Além de demonstrar a fraqueza do panarabismo e exacerbar os nacionalismos regionais (em particular no Egito), o conflito gerou também a questão dos refugiados palestinos, que são proibidos de retornar ao território conquistado por Israel. Por meio da resolução 302, de 1948, a ONU criou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, em inglês) para auxiliar no desenvolvimento e na promoção de assistência humanitária a esses refugiados.
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