Ciclo do açúcar (1600-1700) (jan 1, 1600 – jan 1, 1700)
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Açúcar converte-se na principal commodity do comércio mundial (século XVII).
Brasil passa a responder por 5% da receita do Império de Portugal.
Os donatários, em geral, não dispunham de grandes recursos para a empresa colonizadora e levantaram fundos tanto em Portugal quanto na Holanda, principalmente junto a comerciantes calvinistas,[carece de fontes] que viam boas perspectivas para a cultura da cana-de-açúcar no Brasil, a partir da experiência das Ilhas Atlânticas. O açúcar de cana alcançava altos preços na Europa e a oferta era pequena, limitada à produção da Sicília, Ilha da Madeira, Cabo Verde, e o que chegava dos árabes otomanos, pelo comércio mediterrâneo dominado pelas cidades italianas. "O volume desse fornecimento era contudo tão reduzido que o açúcar se vendia em boticas, pesado aos gramas."
A cultura da cana era somente viável em larga escala, utilizando grandes propriedades, no sistema de plantation. Todo o trabalho de desbravamento do território para plantio exigia grande mão de obra, e a plantação, colheita e transporte da cana até os engenhos só era rentável se feito em grande escala. Assim a indústria açucareira voltada à exportação era um negócio acessível apenas para grandes investidores. O primeiro engenho de açúcar de que se tem notícia no Brasil foi construído em 1516 no litoral pernambucano, mais precisamente na Feitoria de Itamaracá, confiada ao administrador colonial Pero Capico — o primeiro "Governador das Partes do Brasil". Em 1526, já figuravam na Alfândega de Lisboa direitos sobre o açúcar de Pernambuco. Poucos anos depois, em 1532, as primeiras plantas de cana-de-açúcar chegaram a São Vicente, vindas provavelmente da Ilha da Madeira com Martim Afonso de Sousa.[
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