oct 1, 1949 - Revolução Chinesa de 1949
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A China enfrentava um difícil período no século XX, que só piorou com a
chegada da Segunda Guerra Mundial. Além de sofrer com as diferenças entre nacionalistas e comunistas, a invasão japonesa a partir da Manchúria devastou o
país. Milhares foram mortos pelos japoneses, que massacraram as populações das
regiões ocupadas.
Com o fim da guerra, as hostilidades entre comunistas e nacionalistas
chegaram ao ponto de conflito aberto, ao contrário das escaramuças no pré-guerra.
Os comunistas, liderados por Mao Zedong, ou Mao Tsé Tung, conseguiram
suplantar os nacionalistas, que contavam com apoio norte-americano, capturando
sua capital em janeiro de 1949. Em outubro do mesmo ano, Mao declarou a
fundação da República Popular da China. Fugindo dos comunistas, Chiang Kai-shek
e o que sobrara do Kuomintang, o partido nacionalista, refugiaram-se em Taiwan e
lá fundaram a República da China, também conhecida como Formosa.
Os primeiros anos da China comunista foram difíceis, pois Mao desejava
mudar o panorama de país rural e atrasado para uma moderna sociedade
comunista. As falhas sucessivas dos planos econômicos fizeram com que Mao
decidisse pela política do “Grande Salto em Frente”. Foi uma campanha lançada por
Mao Tsé-Tung, que pretendia tornar a China uma nação desenvolvida e socialmente
igualitária em tempo recorde, acelerando a coletivização do campo e a
industrialização urbana. O primeiro plano, inflexível, fez aumentar a superfície
cultivada e o aumento da produção agrícola no país. O segundo incentivou a
industrialização. A iniciativa foi um desastre econômico, resultando em cerca de 20
milhões de mortes, em decorrência da fome, pois, devido à busca da industrialização
a qualquer custo, a agricultura foi penalizada.
Entre 1953 e 1958 houve o primeiro plano quinquenal chinês (reforma agrária,
educação obrigatória e formação de cooperativas), em que foi formada a parceria
com a URSS, governada por Nikita Khruschev, na importação de tecnologia. Porém,
durante o período da Guerra Fria, chamado de coexistência pacífica, Nikita fez uma
visita aos Estados Unidos, provocando um rompimento de suas relações com Mao
Tsé-Tung. Esse plano representou, para a economia chinesa, o afastamento
definitivo do modelo socialista soviético.
Por volta de 1966, Mao decidiu reafirmar seu poder, lançando a Revolução
Cultural. O objetivo seria banir as influências burguesas que, segundo Mao, ainda
persistiam na sociedade pós-revolução. Em nome do regime, milhares de obras de
arte, santuários e locais históricos foram destruídos, em um fato que depois veio a
ser condenado pelo próprio Partido Comunista. Com a morte de Mao em 1976, a China testemunhou algumas modificações,
embora ainda não fossem profundas. Em 1981, Deng Xiaoping assumiu a liderança
da China e lançou as reformas que mudaram o país, criando o ideal de “um país,
dois sistemas”, lançando o modelo que o país utiliza até hoje: sistema político
comunista e economia capitalista.
(BRANQUINHO)
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