jan 1, 1007 - Nascimento de Korgan Gokturk

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Korgan Gokturk sempre teve um vida difícil com poucos momentos de descanso e menos ainda de felicidade, o 9º filho da 5ª esposa de Sogdian, um rico dono de terras em Karmatak, ele nunca recebeu nenhum privilégio e sempre recebeu todos os trabalhos que nenhum de seus muitos irmãos e meio irmãos não queriam fazer, mas isso não foi tão ruim, em seus esparsos momentos de lazer ele aprendeu que as melhores partes da vida estão nos pequenos detalhes e que até mesmo o menor dos brotos das menores das plantas consegue sobreviver na pior das situações. Mas, mesmo com essa pequena joia de sabedoria a vida não iria judiar dele, um dia, quando tinha 16 anos, ele levou um rebanho de iaques para pastar, quando retornou para casa viu ela queimada, com seu pai, sua mãe, seus 8 irmãos e 48 meio irmãos mortos, a casa foi atacada por um khan inimigo que não poupou ninguém, então, com seu rebanho e o cavalo que montava, decidiu viajar para o norte, próximo a capital onde era mais pacífico, mas seria uma jornada violenta, atravessando florestas congeladas amaldiçoadas, as 150 cabeças de gado foram lentamente morrendo de fome, sede e predadores, finalmente quando chegou na capital ele tinha 50 cabeças de gado. Contudo, como Karmatak é uma horda nômade, a capital tinha se movido centenas de quilometros para o leste, mas ele decidiu ficar ali, ainda tinha uma pequena vila próxima a ele, lá ele vendeu 20 iaques e comprou uma casa com uma fazenda, logo casou com a mulher dos seus sonhos, vendeu 15 iaques para fazer a festa do casamento e comprar um anel caro para ela, mas no momento em que ia colocar o anel na mão dela, ela foi atacada por uma água gigante que a raptou e presumidamente devorou e alimentou para seus filhotes. Ele pensou que esse era o fim dele, ele nunca tinha sentido tanta tristeza, foi afogar suas mágoas no bar, lá foi assaltado e perdeu todas as moedas que tinha (é costume o noivo andar com muitas moedas de ouro para demonstrar sua riqueza), quando tentou voltar para sua casa a maior tempestade que Karmatak já viu atingiu sua vila, sua casa foi derrubada com o vento e a cerca do seus iaques foi destruída, 5 iaques fugiram e 5 se afogaram. Com isso sobrou 5 iaques para o seu nome, ele viu a destruição da vila e quando olhou como os aldeões tentavam reconstruir suas casa viu como a pobreza os assolava e como não tinham ferramentas necessárias para viver decentemente, então doou 2 iaques para o esforço da reconstrução e decidiu partir para o oeste, tentou ir para a terra onde o sol dorme por 12 horas, sabendo que o ouro é dourado e o sol também, ele planeja encontrar a cidade dourada do sol e trazer tecnologias e a cultura da civilização de volta para seu país. Em sua viagem para o oeste, ele se deparou com seu maior obstáculo até agora, o deserto dos esqueletos escuros, um lugar tão quente que o esqueleto dos mortos é torrado pelo sol, no primeiro dia 1 iaque morreu, 2 dias depois mais um morreu, mesmo com as perdas ele esperava encontrar a cidade dourada, certamente um lugar tão quente é mais próximo do sol e da cidade dele, ele continuou sua marcha para o oeste, sua comida acabou no quarto dia e a água em seguida, pouco a pouco ele perdeu suas forças e consciência, só sobrou ele, seu cavalo e um iaque, mas até mesmo o cavalo pereceu, Korgan caiu junto com ele, como um último ato, ele tentou salvar o último animal que ele trouxe junto, Korgan desamarrou a corda no pescoço do boi e deu o resto de sua água para o bicho, então olhou para o céu uma última vez e disse oque ele pensava ser suas últimas palavras então fechou seus olhos. Mas aí todo o karma acumulado em sua alma lhe presenteou, o iaque não o abandonou, e arrastou ele pelo deserto até encontrar um oásis esquecido pelos vivos, durante semanas permaneceu em um estado de recuperação sem consciência, as pedras se moldaram se juntaram a pele dele e a água o rejuvenesceu, lá ele acordou como uma pessoa mais forte e mais dedicada, ele jurou proteger o iaque custe oque custar e iria tirar os dois daquele inferno de areia, e isso ele fez, como um com as rochas do mundo, ele sabe todos os caminhos e guia aqueles que ele pode, tornando se um guardião da estrada.

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