nov 12, 1823 - 12/nov/1823 D. Pedro dissolve a Assembleia

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É preciso anexar uma nota explicativa às cartas que o padre publicou em 1825. Em algumas passagens ele defende a autoridade de D. Pedro I contra as pretensões da maçonaria, uma aparente contradição. Ocorre que naquela época a população ignorava que o Imperador era filiado ao GOB - Grande Oriente do Brasil, havendo inclusive quem acreditasse que ele era inimigo dessa organização, uma vez que mandara fechá-la em 22 de outubro de 1822. Hoje sabe-se que D. Pedro tomou essa decisão não porque tivesse objeções à maçonaria, mas porque desejava neutralizar sua ala republicana, liderada por Joaquim Gonçalves Ledo, que tentara limitar os poderes do monarca nos trabalhos preparatórios da Assembléia Constituinte em vias de ser instalada. Acabaria prevalecendo o projeto da ala monarquista do GOB, com a dissolução da Assembléia, em 12 de novembro de 1823, e a outorga da Constituição de 1824, redigida pelo Conselho de Estado a mando do Imperador. A condição maçônica de D. Pedro I tornou-se de conhecimento geral 40 anos depois, quando João Manuel Pereira da Silva publicou sua coletânea de sete volumes, sendo que num deles consta a informação em apreço ("História da fundação do Império Brasileiro", Tomo V, 1865, pp. 260-261).

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