jan 1, 1637 - René Descartes publica Discurso do Método

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René Descartes publicou Discurso do Método em 1637, uma obra fundamental no desenvolvimento do racionalismo e na filosofia moderna. O título completo da obra é Discurso do Método para Bem Conduzir a Razão e Encontrar a Verdade nas Ciências. A principal ideia de Descartes nesta obra é a dúvida metódica, que ele considera o ponto de partida para qualquer busca de conhecimento seguro. Descartes começa com a dúvida radical sobre tudo, incluindo a própria existência, até chegar à famosa conclusão: “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo). Esta frase tornou-se a base para o pensamento cartesiano, que coloca a razão e a certeza do pensamento individual como o alicerce do conhecimento. O Discurso do Método também apresenta as quatro regras principais que Descartes propõe para encontrar a verdade: 1) Nunca aceitar como verdadeiro nada que não seja evidente; 2) Dividir cada problema em partes menores e mais manejáveis; 3) Conduzir os pensamentos de forma ordenada, do simples para o mais complexo; e 4) Fazer enumerações completas e revisões para garantir que nada seja omitido. Além disso, a obra aborda a filosofia da dúvida metódica e a busca por certeza no conhecimento, rompendo com as tradições escolásticas medievais e estabelecendo as bases para o desenvolvimento da ciência moderna, influenciando figuras posteriores como Spinoza, Leibniz e Kant. Discurso do Método foi publicado em holandês, francês e latim, com a versão em francês sendo a mais popular, pois era destinada a um público mais amplo. O impacto da obra foi imenso e é considerado um marco na filosofia moderna, essencial no entendimento da relação entre sujeito e objeto e na construção do método científico. A obra continua sendo amplamente estudada e discutida em textos de filosofia, como no Cambridge Companion to Descartes e outros estudos acadêmicos.

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