jan 1, 1620 - Francis Bacon publica Novum Organum

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Francis Bacon publicou Novum Organum em 1620, como parte do seu projeto maior, Instauratio Magna (A Grande Instauração), que tinha como objetivo reformular a forma como o conhecimento era adquirido e organizado. A obra propôs uma nova abordagem para o método científico, destacando a importância do método indutivo. Ao contrário do método dedutivo tradicional, que partia de premissas gerais para chegar a conclusões específicas, Bacon sugeriu que o conhecimento deveria surgir da observação e da experiência, começando por casos específicos para formular teorias gerais.

Além disso, em Novum Organum, Bacon rejeitou a autoridade de pensadores antigos como Aristóteles e defendeu que o conhecimento não deveria se basear unicamente na tradição, mas sim na investigação empírica. Ele também introduziu o conceito dos "Ídolos do Pensamento", que são obstáculos à razão humana. Bacon identificou quatro tipos de ídolos: os Ídolos da Tribo, que representam os erros comuns à natureza humana; os Ídolos da Caverna, que são preconceitos individuais; os Ídolos do Mercado, que envolvem distorções na comunicação e linguagem; e os Ídolos do Teatro, que se referem às crenças em sistemas filosóficos ultrapassados.

A obra foi impressa em Londres e em latim, e tornou-se uma referência importante na filosofia da ciência, influenciando profundamente o desenvolvimento do método científico e do empirismo. A importância de Novum Organum é amplamente reconhecida, sendo estudada em obras como The Philosophy of Francis Bacon de Fulton H. Anderson e mencionada em fontes como a Encyclopædia Britannica.

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