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1 апр 1500 г. - Instrumentos

Описание:

Na Musica getutscht und ausgezogen (Resumo da ciência da música em alemão), de Sebastian Virdung, obra publicada em 1511, e de forma muito mais completa no segundo volume do Syntagma musicum (Tratado de música), de Michael Praetorius, editado em 1618, há descrições e xilogravuras dos diversos instrumentos utilizados no século xvi. Dois aspectos apresentam especial interesse: o extraordinário número e variedade de instrumentos construídos em séries ou famílias, de forma que podia obter-se um timbre uniforme em toda a gama que vai do baixo ao soprano. Isto está em harmonia com o ideal renascentista de uma massa sonora homogénea; o ehest ou consort — a série completa — de três a oito flautas doces ou violas, por exemplo, correspondia à «família» completa de vozes do baixo ao soprano.
Além das flautas doces, os principais instrumentos de sopro eram as charamelas (instrumentos de palheta dupla), os cromornes (ou krummhorns, também de palheta dupla, mas de sonoridade mais suave do que as charamelas), o kortholt e o rauschpfeife (instrumentos com a palheta coberta por uma cápsula), a flauta transver­sal e os cornetos (de madeira ou marfim, com bocais em forma de taça); os trompetes e as sacabuxas (antepassado do moderno trombone) tinham uma sonoridade mais suave do que os seus equivalentes modernos.
As violas diferiam em muitos pormenores de construção da actual família do violino ou dos instrumentos de arco; os braços eram providos de trastos, tinham seis cordas afinadas à distância de uma quarta entre si, com uma terceira maior ao centro (como Lá-ré-Sol-si-mi'-lá); o som era mais delicado, mais refinado, menos tenso, não se utilizava o vibrato.

O gosto pelas sonoridades encorpadas incentivou também a composição para os instrumentos solistas, que podiam, por si sós, cobrir todo o âmbito dos sons com uma sonoridade uniforme. O som do órgão foi enriquecido através da introdução de registos solísticos e registos de som mais suave, que podiam ser combinados com os invariáveis principais e misturas do instrumento medieval. Cerca de 1500 o grande órgão de igreja era, no essencial, semelhante ao instrumento que hoje conhecemos, embora o teclado de pedais tenha começado a ser usado na Alemanha e nos Países Baixos muito antes de ser adoptado noutros países. O órgão portativo medieval não sobreviveu para além do século xv, mas o século xvi conheceu pequenos órgãos positivos, incluindo o regai, que tinha tubos com palheta de uma sonoridade delica­damente estridente.

Havia dois tipos de instrumentos de tecla, o clavicórdio e o cravo. No clavicórdio o som era produzido por uma tangente de metal que percutia a corda e permanecia em contacto com ela; o som era delicado, mas dentro de limites estreitos o executante podia controlar o volume, conferindo-lhe até um ligeiro vibrato. Por outro lado, construíam-se instrumentos do tipo de cravo em diferentes formas e tamanhos e conhecidos por diversos nomes: espineta, clavecin, clavicembalo, entre outros; em todos eles o som era produzido por um cálamo de pena que puxava a corda. A sonori­dade era mais robusta do que a do clavicórdio, mas praticamente não podiam obter-se matizes fazendo variar a pressão sobre a tecla; a diversidade de timbres e graus de intensidade só se tornava possível graças a um mecanismo de registos. O clavicór­dio era fundamentalmente um instrumento solista para utilizar em pequenas salas; o cravo era tocado quer a solo, quer em conjunto.

O ALAÚDE — O instrumento solista doméstico mais popular no Renascimento foi, de longe, o alaúde. O alaúde era conhecido na Europa havia mais de quinhentos anos; antes de terminar o século xvi era já construído em vários tamanhos, muitas vezes hol de alaúde, a vihuela de mano, tinha um corpo semelhante ao da guitarra, mas o alaúde corrente era em forma de pêra. Tinha uma corda simples e cinco cordas duplas afinadas, Sol-dó-fá-lá-ré'-sol'; o braço era provido de trastos e o cravelhal era inclinado para trás, formando um ângulo recto com o braço. O método de execução habitual consistia em tocar as cordas com os dedos. No alaúde podiam tocar-se acordes, melodias, escalas e ornamentos de toda a espécie e até mesmo peças contrapontísticas; era utilizado como um instrumento solista para acompanhar o canto, e também em conjuntos, e um executante hábil conseguia obter nele uma grande variedade de efeitos. Os alaudistas utilizavam um tipo especial de notação, chamada tablatura, cujo princípio consistia em mostrar, não a altura de cada som, mas sim o ponto onde o dedo devia premir as cordas para produzir a altura de som desejada. Também se conceberam tablaturas para violas e instrumentos de tecla.

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1 апр 1500 г.
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