1 янв 1776 г. - Adam Smith publica A Riqueza das Nações

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Adam Smith publicou "A Riqueza das Nações" (An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations) em 1776, uma obra fundamental que marcou o nascimento da economia moderna e consolidou os princípios do liberalismo económico. Este livro é considerado a base da economia clássica e teve um impacto profundo no pensamento económico e político, influenciando diretamente o desenvolvimento do capitalismo e das políticas de livre mercado.

Em A Riqueza das Nações, Adam Smith defende que a prosperidade de uma nação não depende da acumulação de ouro e prata, como sugeria o mercantilismo (a doutrina económica dominante na época), mas sim da produção de bens e serviços e da divisão do trabalho. Smith argumenta que, quando os indivíduos perseguem os seus próprios interesses económicos, acabam, inadvertidamente, a contribuir para o bem-estar geral da sociedade, através do que ele chamou de "mão invisível" do mercado. Este conceito sugere que o mercado, quando deixado a funcionar livremente, regula-se a si próprio, equilibrando oferta e procura e promovendo a eficiência económica.

Outro ponto central da obra é a defesa do livre comércio e da livre concorrência. Smith acreditava que a intervenção do Estado na economia deveria ser mínima, limitando-se a garantir a segurança, a justiça e a construção de infraestruturas públicas que não pudessem ser adequadamente providas pelo setor privado. No entanto, ele reconhecia que o mercado não era perfeito e que o Estado tinha um papel importante em áreas como a educação e a regulação de monopólios.

Adam Smith também explorou o conceito de divisão do trabalho, demonstrando como a especialização das tarefas aumentava a produtividade e a eficiência. O exemplo clássico que ele usa é o de uma fábrica de alfinetes, onde a divisão do trabalho entre os operários permitia produzir milhares de alfinetes por dia, algo impossível se cada trabalhador tentasse fabricar um alfinete do início ao fim sozinho.

Embora A Riqueza das Nações seja muitas vezes associado à defesa do laissez-faire (não intervenção do Estado na economia), Smith tinha uma visão mais equilibrada, reconhecendo que o mercado precisava de regras e instituições para funcionar corretamente. Ele preocupava-se também com questões de justiça social, alertando para os perigos da concentração de riqueza e poder nas mãos de poucos.

A publicação desta obra coincidiu com um período de grandes transformações económicas e sociais, incluindo a Revolução Industrial e a independência das Treze Colónias (que mais tarde se tornariam os Estados Unidos), o que contribuiu para a sua ampla difusão e influência.

Em resumo, A Riqueza das Nações é uma obra seminal que não só estabeleceu os fundamentos da teoria económica moderna, mas também influenciou profundamente o pensamento político e social do Iluminismo, promovendo ideias de liberdade económica, propriedade privada e livre iniciativa como pilares para o progresso e o bem-estar das sociedades.

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