MANOEL DIAS de OLIVEIRA - Compositor Colonial brasileiro (1 gen 1735 anni – 12 agos 1813 anni)

Descrizione:

Depois de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Manuel Dias de Oliveira é o compositor mineiro do século XVIII com maior número de obras. O documento mais antigo que indica a sua residência na Vila de São José remonta a 1752. Foi aluno provavelmente de Lourenço Dias de Oliveira, organista na Vila de São José entre 1756 e 1760, talvez seu pai ou de quem tenha sido escravo depois alforriado, e do capitão Francisco da Silva Nunes e Sousa, músico, capitão e tabelião. Além de compositor, foi alferes na Vila de São José, desde 1766, e depois capitão da Ordenança de Pé dos Homens Pardos Libertos no Arraial da Lage (atual Rezende Costa), desde 1771. Atuou também como calígrafo, com a confecção de livros de irmandades da Vila de São José e da Igreja Nova da Borda do Campo (Barbacena). Foi casado com a mulata Ana Hilária, vinte anos mais jovem que o compositor, e um dos seus filhos, Francisco de Paula Dias de Oliveira, foi também músico na Vila de São José. Atuou como músico também em São João d'El Rey e em Congonhas do Campo. Em algumas de suas obras em português utilizou-se de poemas do missionário paulistano Ângelo de Siqueira (1708-1776). Tendo sido o principal músico na Comarca do Rio das Mortes em seu tempo, conviveu certamente com diversos personagens da Conjuração Mineira, como os Rezende Costa, os padres Toledo e Vieira, o coronel Alvarenga Peixoto e o sargento-mor Luiz Vaz. Fontes manuscritas de suas obras encontram-se espalhadas por todos os principais arquivos mineiros, como a Pia de Santo Antônio de Diamantina, Banda Euterpe de Itabira, Museu da Música da Arquidiocese de Mariana, Museu da Inconfidência de Ouro Preto, Lira Ceciliana de Prados, Orquestra Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos de São João D'El Rey, e ainda paulistas, como nos acervos musicais do Departamento de Música da ECA-USP, no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, e nos museus municipais de Taubaté e Atibaia. Manuel Dias de Oliveira foi o primeiro compositor brasileiro a receber elogios de um jornal, quando na Gazeta do Rio de Janeiro, em 1816, por ocasião dos funerais de D. Maria I, saiu publicado um comentário sobre seu "raro engenho", e sobre sua "harmoniosa música a 4 coros". A Funarte publicou transcrições realizadas por Adhemar Campos Filho e Aluízio José Viegas. O Catálogo Duprat/Baltazar do Museu da Inconfidência indica a presença de 9 títulos. As principais obras de Manuel Dias de Oliveira são: Miserere [em Ré maior] - a obra mais copiado de todo o ciclo do ouro em Minas, Popule Meus, Bajulans, Domine Jesu, além da mais antiga série de Motetos para visitação de Passos, para um coro, Herói que busca - talvez dedicada a Tiradentes, Amante Supremo e várias séries de motetos para visitação de passos para dois coros, a capella ou com instrumentos, Novena de Nossa Senhora da Boa Morte, para dois coros e instrumentos, Te Deum [em Si menor], Te Deum [em Lá menor - alternado], Magnificat [em Ré maior] - 2 exemplares, Sábado Santo de Manhã, Eu vos adoro, estas útimos, entre outras, para 1 coro e orquestra.

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