1 janv. 1554 - O Estilo Palestriniano
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Não há compositor anterior a Bach cujo renome iguale o de Palestrina, nem outro cuja técnica de composição tenha sido objecto de análise tão minuciosa. Palestrina foi cognominado «o príncipe da música», e as suas obras consideradas como a «perfeição absoluta» do estilo sacro. Quase todos os autores são unânimes em afirmar que ele captou melhor do que qualquer outro compositor a essência do carácter sóbrio e conservador da Contra-Reforma. Não muito depois da sua morte era corrente considerar-se o «estilo de Palestrina», o estilo palestriniano, como o modelo da música sacra polifónica. Com efeito, muitos manuais de ensino de contraponto, desde o Gradus ad Parnassum (1725), de Johann Joseph Fux, até textos mais recentes, procuraram instruir os jovens compositores no sentido de os levarem a recriar este estilo, se bem que com êxito limitado.
Não há dúvida alguma de que Palestrina estudou atentamente as obras dos compositores franco-flamengas, alcançando um perfeito domínio das suas técnicas. Cinquenta e três das suas missas baseiam-se em modelos polifónicos, muitos deles da autoria dos mais destacados contrapontistas das gerações anteriores, como Andreas de Silva, Lhéritier, Penet, Verdelot e Morales. Onze dos seus modelos foram publicados em Lyon, nas colectâneas de Jacques Moderne, intituladas Motetti delfiore, de 1532 e 1538. Neste processo Palestrina adoptou, reformulou e refinou alguns dos melhores exemplos musicais do passado.
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