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April 1, 2024
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sep 7, 1991 - 1991 - Ocupação da Ferrovila

Description:

"No início de 1991, o
movimento popular tomou a decisão de cobrar a promessa feita em
campanha de um lote para cada família, dessa vez coordenada pela
entidade denominada União Geral dos Bairros.
Foi no bojo de toda a agitação de cobrança das promessas de
campanha que as entidades congregadas em torno da União Geral dos
Bairros começaram a voltar os olhos para o espaço da Ferrovila, terreno
localizado na parte sul da cidade, que pertencera à Rede Ferroviária
Federal, que, por sua vez, o repassara à prefeitura na época da gestão de
Roberto Requião. Esse espaço foi fruto de cuidadoso planejamento por
parte do Ippuc no sentido de transformá-lo em área habitacional. O
projeto inicial recebeu o nome de Moradias Eixo da Rede. Até 1991 o
espaço estava quase completamente abandonado, mas a Cohab estava
iniciando um programa de habitação envolvendo as empresas localizadas
no eixo da rede, que consistia em "repassar, praticamente a preço zero,
terrenos para as empresas construírem apartamentos para revender a seus
funcionários" (depoimento). A primeira empresa a aceitar o negócio foi o
Banco Bamerindus, que construiu quatro conjuntos de apartamentos.
Duzentas unidades, já haviam sido entregues aos seus funcionários na
época da ocupação, e duzentas outras estavam em negociação. Também a
empresa Ico Comercial já havia pago pela fração do terreno que seria por
ela financiado. A ocupação ocorreu no feriado de Sete de Setembro e os
jornais tiveram conhecimento em seguida: "Invasão. 3.500 famílias
ocupam 5 áreas de Curitiba" (O Estado do Paraná, 8/9/91, p. 16.)
A ocupação adquiriu visibilidade e foi motivo de grande atenção
por parte da imprensa, pois ela não foi concentrada num bairro
periférico, a ponto de não incomodar o ritmo cotidiano da metrópole,
pelo contrário, ela atravessou de forma longitudinal 14 quilômetros de
cidade, sem excluir partes nobres, como o caso do bairro Portão. As
autoridades, principalmente com o intuito de dar satisfação à opinião
pública, viram-se obrigadas a reagir, nem que fosse em nível de discurso.
O pedido de reintegração de posse foi feito pelos proprietários logo após
a ocupação, em 10 de outubro de 1991, mas os esforços dos oficiais de
justiça foram em vão. Em 12 dezembro, o juiz concedeu nova liminar,
com reforço policial e, também dessa vez a expulsão não se efetivou. "

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/viewFile/41326/21661 (p.92)

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12 Jul 2018
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Date:

sep 7, 1991
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