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April 1, 2024
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16 März 1843 Jahr - A história da fundação de Petrópolis começa pelo decreto imperial de 16 de março de 1843, que ordenou a construção de um palácio de verão em terras da Imperial Fazenda de Córrego Seco, em uma garganta no alto da serra da Estrela, e a criação de uma povoação em torno segundo um arruamento previamente traçado (Petrópolis foi portanto a primeira “cidade planejada” do Brasil).

Beschreibung:

Na pág. 2 do Jornal do Commercio de 17 de novembro de 1845 encontramos informações preciosas sobre esse início da história da cidade de Petrópolis (este e outros textos foram convertidos à ortografia atualmente vigente pelo editor do blog):

S.M. o Imperador houve por herança uma fazenda denominada Córrego Seco. Por decreto de 16 de março de 1843 ordenou ao seu mordomo que, a expensas da casa imperial, erigisse ali um palácio com as necessárias dependências e jardins, e que aos cidadãos que também quisessem edificar aforasse prazos de terras, sob a condição de se sujeitarem ao alinhamento que se lhes prescrevesse, a fim de se poder fazer uma povoação regular. A esta povoação concedeu o mesmo augusto senhor, sem ônus algum, todo o terreno para uma igreja com a invocação de S. Pedro de Alcântara, e para um cemitério; obrigando-se a dar as alfaias e vasos sagrados que requer o culto divino.

O restante da fazenda do Córrego Seco mandou o imperador que fosse arrendada ao major Koeler, com a condição de promover este o aforamento das terras da mesma fazenda.

O estabelecimento fica no alto da serra da Estrela, nove léguas distante desta capital, sendo cinco por mar e quatro por terra; tem meia légua de comprido e uma de fundo, formando duas meias léguas quadradas.

O mordomo não pôde logo principiar a construção do palácio; porque, além de S.M. o Imperador haver concedido duzentos contos da sua dotação a favor das necessidades públicas, acresceram as despesas do seu casamento, dos de S.A. a Senhora D. Januária e de S.A. a Senhora Princesa de Joinville; o que tudo impediu que se pudessem distrair [=desviar] dinheiros para outros dispêndios.

No começo deste ano [1845], porém, foi o Imperador marcar os lugares da igreja, do palácio, etc. e em maio se deu princípio às obras, ficando delas encarregado o major Koeler; o qual rescindiu o contrato de arrendamento já mencionado. Quando se estava nestes preparatórios, chega em junho do porto de Dunquerque o navio Virginia, trazendo a bordo 160 colonos, dos que tinham sido contratados para trabalhar nas estradas da província. O mordomo, autorizado por S.M. Imperial, ofereceu ao vice-presidente do Rio de Janeiro, o Sr. Conselheiro Cândido Batista de Oliveira, as terras de Petrópolis para habitação dos colonos, visto que as obras da estrada da serra lhe estão contíguas, e é cortada pela estrada normal, que pela serra passa. Aceita a oferta, partiram os colonos para Petrópolis, vindos de Niterói ao arsenal da marinha, onde S.M. Imperial se dignou ir vê-los, e lhes assegurou a sua proteção por meio de alocuções que fizeram os Srs. Theremin e Riedil, mandando dar a cada indivíduo cinco mil réis.

No dia de São Pedro [29 de junho] entraram em Petrópolis os primeiros colonos, sendo acolhidos pelo seu compatriota o major Koeler, que do Imperador em pessoa tinha tido a honra de receber as ordens para assim o praticar. No dia 15 de julho distribuiu a cada casal uma data [=doação] de cinco mil braças de superfície de boas terras de cultura, ferramenta, semente e de todos os socorros necessários, como lhe fora ordenado. De então para cá têm subido para Petrópolis quase todos os colonos que o Exm. Sr. Aureliano mandara contratar, e têm recebido da munificência imperial os mesmos benefícios que receberam os primeiros.

É admirável a atividade que tem o major Koeler empregado no distribuir terras, no assentar os colonos, socorrê-los e animá-los. [...]

Enquanto porém os colonos não tiram do seio da terra tudo quanto lhes é necessário para a sua subsistência, isto é, enquanto as suas plantações não produzirem, está providenciado que eles trabalhem nas obras da estrada e na construção do palácio; de sorte que vão já ganhando dinheiro por seus ofícios, e ao mesmo tempo vão cuidando nas suas lavouras e na edificação daquelas de suas casas que ainda se acham por acabar. E quando vierem a produzir as suas lavouras, eles já estarão livres e desembaraçados das dívidas que contraíram com a província para as suas passagens.

Zugefügt zum Band der Zeit:

Datum:

16 März 1843 Jahr
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